sexta-feira, 7 de outubro de 2011

trabalhadores em greve. 40% devem voltar aos Correios

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Justiça determinou que parte dos funcionários dos Correios em paralisação volte ao trabalho


Brasília Uma liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de ontem determinou que os grevistas dos Correios mantenham pelo menos 40% dos funcionários no trabalho. Eles estão em greve há mais de três semanas.

A categoria não irá recorre
r, porque o julgamento da liminar será hoje. O julgamento seria na próxima segunda-feira, mas foi antecipado pelo TST porque o tribunal tentará decidir.

Na segunda-feira, o tribunal tentará julgar o dissídio da categoria. Os funcionários dos Correios acreditam num acordo antes do dissídio.

Na quarta-feira(5) , os grevistas resolveram rejeitar o acordo que havia sido feito, na terça-feira, com a empresa no TST. Por isso a decisão final sobre a paralisação, agora, irá depender da Justiça.

Se não houver um acordo, a ministra Cristina Peduzzi, responsável pela ação, deverá distribuir o dissídio coletivo a um dos ministros da Seção Especializada em Dissídios Coletivos, onde a questão será julgada.

A proposta de consenso que foi rejeitada previa a reposição da inflação de 6,87%, retroativo a agosto, e um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro.

Os 21 dias de greve - hoje já são 23- seriam compensados. Em 15 deles, os trabalhadores atuariam aos sábados e domingos para colocar em dia o passivo de carga atrasada.

Os outros seis, que já foram descontados na folha de pagamento de setembro, seriam devolvidos imediatamente aos grevistas, mas haveria um desconto a partir de janeiro, parcelado em até 12 meses.

No início do movimento, a categoria reivindicava aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.

Balanço
Já houve atraso na entrega de mais de 147 milhões de cartas e encomendas. O governo federal cortou o ponto dos grevistas e exigiu compensação dos dias não trabalhados.

A greve suspendeu os serviços de entrega com hora marcada dos Correios e também atrasos de três a quatro dias nos demais. A empresa pretendia ontem normalizar os serviços na próxima semana.

A empresa contabilizou um prejuízo diário de R$ 20 milhões. A cifra pode aumentar, uma vez que são comuns ações judiciais de clientes por conta dos atrasos.

Em nota, os Correios garantiram que a entrega dos cartões e provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será prejudicada. Uma operação diária intensifica a entrega para que não haja atrasado.

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, também garantiu que os estudantes receberão o cartão de inscrição do Enem em tempo hábil.

"As operações dos Correios são diferentes para o nosso caso. São operações dedicadas e não têm nada a ver com as demais operações", disse

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